VIVA POVU MAUBERE UKUN RASIK-AN


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Belun sira bele hakat mai sani liafoun konaba Timor Lorosae nian...! Dear friends, if you want to read the the updated news about East Timor, please come here!
Sleepless nights
Diego Curvo on 10/14/2007 at 5:40pm (UTC)
 Pristine beaches, great weather, superb mountains and unusual culture
drive anyone curious to come to Timor Leste. But as everyone knows,
Timor Leste is at the same time heaven and a bit of a torment. Since
coming to Timor Leste is an adventure one has to overcome challenges,
difficulties and uncomfortable situations. One may think that the main
challenge is the infra structure or the political situation, which may
explode anytime someone makes a wrong move. Or maybe the food can be a
challenge. No one, with exception of the Timorese, can have a longer
lasting appetite for the same tempeh, rice or
"micro-cut-soaked-in-oil" chicken pieces. For some others it may be
the invasion of the Australian life-style (through the thousands from
Aussies in duty here) or the unawareness of the locals with the
littering of the environment. Timor Leste has opposites and it makes
from this small half of an island an interesting adventure.

For me the challenge within my adventure is to get some sleep. Baucau
isn't a big city but it has benefits in comparison to "big-city" Dili.
A nice beach, wonderful weather and a nice old market to visit make
from Baucau a great living spot. It is known that some of the
expatriates living in Dili envy the ones working in Baucau. What is
missing here? "Almost nothing" one should say. You can get great sort
of fresh vegetables, nice weather at night (you don't need an air
conditioner at home), the energy supply is 24 hours available and you
even have a swimming pool. Baucau has almost no mosquitoes. A high
plus in comparison to mosquitoes infested Dili. You can get everything
you want with exception (depending on where you live and especially if
you live in the main street in new town) some decent sleep.

The evangelists invaded Baucau (and Timor Leste as well). They came to
Timor Leste to spread their faith and to preach (a lot!). Entrenched
between two evangelical churches, this author has to wake up everyday
at six in the morning because some half dozen of people decided to
chant and make big parties out of their faith. Well, in Timor Leste it
is not like in Germany, where there is a curfew for people making
noise in the streets or disturbing the relaxation of the nearest
neighbors. Or not like Aceh, where everyone is Muslim anyway and has
to follow the rules of Islam (very early in the morning there is a
first sholat). Already six in the morning people begin to chant Jesus
songs. But does it have to be so early in the morning? This author
already knows all the songs by heart. I sometimes find myself singing
them without being aware of it. I am afraid it will come to the point
that I will dream with it.

The life starts very early in the morning here. Kids walk on the
streets at six-thirty in the morning selling bread, the busses going
to Dili, Lospalos and Viqueque departure already at four. The early
morning busses are the best since the heat of the trip isn't yet
remarkable. The dogs bark and the cocks sing. The life starts with the
first ray of light.

In Timor Leste there isn't a broad radio reception. Recently the
village chiefs received some radios from Australia which should
promote the information flow in the country. The radios run without
batteries and are simple and robust. They are very Timor-resistant.
What should one do at night when there is no TVs or radios everywhere?
The time to go to bed (unless there is a party in sight) is very early
in the evening. No one cares to wake up at six, have the household
chores done and sit in front of the house enjoying the chilly wind.
Get some water to bathe the kids, feed the chickens and the pigs. So,
life starts very early in the morning here.

Going back to the faith, the churches start imposing a rhythm not
known to the locals. Until now, all the religious matter was
controlled by the Roman Catholic Church. They had their business done
on the weekends. There are though activities within the week but
nobody has it done by the window (at least I don't). The local
animistic beliefs are kept as they used to be. Everybody knows it,
everybody does and everyone is catholic too. Syncretism was the word
of the day. Then, came the evangelists. It doesn't matter where they
came from. They are slowly winning a faith-market share. It is normal
they see opportunities in poor communities. It is like this in Brazil,
in Haiti, in America and in Africa. They saw the same niche in Timor
Leste. And they are taking the chance. Regardless of the volume of
their music, they are doing their work of catechization. I am no
religion enemy but I support respecting the sleep of your neighbor. An
angry (or a loud) neighbor can be very annoying.

I still can't sleep. I am looking forward to go to Dili and look for
ear plugs. If not, you may find me next year joining the preachers in
their big parties, either in front of my house or by my window. They
will probably win by exhaustion. It is easy, I already know the songs.

http://diegocurvo.spaces.live.com/Blog/cns!522A2EC0014079E9!994.entry
 

Polícia da ONU para Timor completa em Dezembro
Lelobere on 10/30/2006 at 12:45am (UTC)
 Os 1.608 efectivos da polícia da Organização das Nações Unidas previstos na resolução do Conselho de Segurança, que criou a actual missão da ONU em Timor Leste (UNMIT), vão estar todos no país já no próximo mês de Dezembro.
De acordo com o comissário português Antero Lopes, o prazo anteriormente considerado para todos os efectivos estarem em Timor Leste era Janeiro. Actualmente, encontram-se 920 UNPOL, oriundos de 15 países no território. A chegada daqueles efectivos de reforço vai permitir ao comando da UNPOL enfrentar de forma mais eficaz a escalada de violência registada nos últimos dias em Díli, marcada desde há uma semana pela identificação de armas de fogo na posse de civis envolvidos em confrontos.
Desde o passado dia 21 foram registados sete mortos, resultantes de confrontos entre grupos rivais e da intervenção dos militares australianos. "O número de vítimas mortais aumentou devido à escalada do nível de violência e podem-se fazer dois tipos de análise, que se complementam, a esta situação", salientou Antero Lopes. "Por um lado regista-se um decréscimo acentuado do número de crimes praticados, de natureza comum, perpetrados não só em Díli, mas também nos [restantes 12] distritos [de Timor Leste]. Há, de facto, um decréscimo acentuado", explicou. "Por outro lado houve picos de violência nos últimos dias, pelo menos durante três dias houve incidentes com nível de confrontação bastante elevado, que envolveram a utilização de armas de fogo", acrescentou.

Momento "difícil"
Em resultado da subida do nível da violência, registaram-se sete mortos em vários pontos da cidade, mas que, segundo Antero Lopes, ocorreram em "condições e com razões diferentes". "Não pensamos que isto seja uma tendência, que vá, de facto, comprometer a segurança pública em todo o país, ou sequer em Díli. Mas compromete o sentimento de segurança das pessoas", reconheceu.
Entretanto, o bispo Carlos Ximenes Belo avaliou, ontem, o momento que Timor Leste atravessa como "reconhecidamente difícil". O clérigo esteve durante dez dias no país, período no qual se encontrou com a maior parte dos intervenientes da crise político-militar. Em resultado disso, a receita do Prémio Nobel da Paz em 1996 assenta "em mais paz e tranquilidade" . "Falei com muitas pessoas e a impressão que levo daqui é que é necessário criar condições para que haja de novo tranquilidade na cidade, para que as pessoas façam a sua vida normal e, sobretudo, fazer com que os deslocados regressem aos seus bairros, às suas aldeias", sustentou.
 

Marginais utilizamarmas de fogo nos confrontos em Díli
Lelobere on 10/30/2006 at 12:42am (UTC)
 Orlando Castro

Ao mesmo tempo que o Parlamento timorense exige que as forças internacionais e da ONU tenham um comando unificado, o comandante dos cerca de 900 elementos da Polícia das Nações Unidas (UNPOL), que inclui efectivos da GNR, revela que os confrontos entre grupos rivais em Díli, e que ainda ontem fizeram mais dois mortos, passaram a incluir pela primeira vez armas de fogo que, segundo Antero Lopes, já foram utilizadas contra os seus elementos.

As armas foram vistas nos confrontos junto ao aeroporto de Díli, dos quais resultaram quatro mortos, e no bairro da Pertamina, na zona ocidental da cidade.

"São incidentes com alguma complexidade porque envolvem ataques simultâneos, perpetrados por vários grupos, uns contra os outros, vindos de várias artérias dentro da zona de confrontação", explica o comissário.

O armamento utilizado pode ser o mesmo que foi distribuído à Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL), e que não foi devolvido, onde se incluem cerca de 200 pistolas Glock.

A situação de violência, que já provocou mais de 50 mortos desde Abril, aumentou o fluxo de deslocados. De acordo com o Ministério do Trabalho e Reinserção Comunitária, os deslocados internos, distribuídos pelos 13 distritos do país, são 178 034, ou seja 17% do total da população.

Em declarações ao "Diário de Notícias", o comandante das Forças Armadas timorenses, brigadeiro-general Taur Matan Ruak, disse que a situação pode transformar- se num "faroeste" e Díli passar a ser uma "cowboy city".

Entretanto, o Parlamento timorense exige ser consultado, "com carácter vinculativo" , sobre a negociação e celebração de futuros acordos bilaterais relativos à segurança interna.

Os deputados recordam que a segurança no país, sobretudo na capital, é garantida por forças da Austrália, Malásia, Nova Zelândia e Portugal, sem que contudo exista um comando unificado, condição que consideram vital para manter a ordem.

"Sem essa direcção única, a protecção de pessoas e bens, em vez de melhorar, tem vindo a agravar-se de dia para dia", diz a resolução aprovada. O primeiro-ministro reagiu à proposta dos deputados garantindo que o governo está a trabalhar com a ONU e com o comando das forças militares presentes em Timor-Leste para a criação desse comando unificado.

Noutro contexto, Ramos Horta revelou que Timor-Leste vai abrir uma embaixada no Vaticano, provavelmente em Janeiro,e que o papa Bento XVI foi convidado a visitar o país.
 

Terra de loucos e de ninguém
Lelobere on 10/30/2006 at 12:35am (UTC)
 Um homem de determinada zona foi morto por outro de diferente ponto geográfico.
E porque um campeão não gosta de perder, foi em nome da zona geográfica do executor e da necessidade de marcar mais um ponto no campeonato dos homicídios que novo executor deu asas à sua fúria assassina. E assim surgiu mais um matador. E assim foi morto mais um homem. Na praia. Porque o executor tinha de se mostrar mais campeão, porque o homicida sabe que pode matar impunemente; porque a vingança anda à solta e de braço dado com o desvario que atacou Timor-Leste.
Dizem muitas vozes que o morto da praia implorou que não o matassem, que tinha filhos, que parassem. De joelhos, chorando. Debalde! Os outros não se comoveram e mais uma vida foi ceifada em nome de coisa nenhuma. Ou do ódio, da alienação, da insensatez.
Cada dia que passa tornamo-nos mais bárbaros, mais loucos, mais irracionais. Gente perturbada! Nada nem ninguém se respeita. O país está destruído. A vida perdeu todo o valor. Mata-se, pelo simples gozo de matar.
E, se se cumprir o dito de que na vida é mais frequente a vitória dos maus sobre os bons, o mau que está por detrás deste desvairo colectivo e que vier a ganhar o país para si, sairá - ou sentir-se-á -vitorioso mas herdará uma terra de ninguém.

Angela Carrascalão Sábado, Outubro 28, 2006
 

BENTO XVI RECEBE EM AUDIÊNCIA PRIMEIRO-MINISTRO DE TIMOR-LESTE
Lelobere on 10/30/2006 at 12:21am (UTC)
 Cidade do Vaticano, 27 out (RV) - O Papa recebeu em audiência, esta manhã, no Vaticano, o primeiro-ministro de Timor-Leste, José Ramos-Horta. A ex-colônia portuguesa é, com as Filipinas, o único país de maioria católica do continente asiático. É independente desde 2002, após ser ocupada pela Indonésia por mais de duas décadas.

Timor-Leste é um dos países mais pobres do mundo e atualmente está atravessando um período de instabilidade política. Ontem, quinta-feira, após dois dias de confrontos entre facções opostas armadas, foi reaberto o aeroporto da capital, Dili.

José Ramos-Horta, Nobel da Paz 1996, foi nomeado primeiro-ministro em julho passado, após a renúncia do premier muçulmano Alkatiri. Ramos-Horta afirmou reiteradas vezes que a Igreja católica pode ajudar de modo decisivo a população de Timor-Leste a sair da crise. (RL)
 

CC Fretilin - Análise da Situação e Pe rspectivas
Lelobere on 10/30/2006 at 12:18am (UTC)
 FRENTE REVOLUCIONÁRIA DO TIMOR-LESTE INDEPENDENTE

FRETILIN

Rua dos Mártires da Pátria, Comoro, Díli, Timor-Leste,


Reunião do Comité Central da FRETILIN

Análise da Situação e Perspectivas

O Comité Central da FRETILIN, reunido em Díli, no dia
29 de Outubro de 2006, debruçou-se sobre a situação
geral no país, em particular, na cidade capital, tendo
concluído o seguinte:

I. A Crise, as suas Causas e Desenvolvimento

1. A crise vivida em Timor-Leste radica-se,
essencialmente, num conflito de natureza política onde
o desrespeito pela ordem constitucional democrática e
os meios e formas de agir reflectem o carácter
profundamente anti-democrático e golpista .
2. As acções para pôr em causa a ordem constitucional
reuniram actores internos e externos e passaram por
diferentes etapas e tomaram as mais diversas formas, a
saber:

i) A tentativa de forçar a criação de um Governo de
Unidade Nacional em 2002;
ii) pressão política a favor de novas eleições em
2002;
iii) a tentativa de derrube do Governo a 4 de Dezembro
de 2002;
iv) as manifestações públicas durante o ano de 2003
usando diferentes franjas da população;
v) a tentativa de manipulação politica dos problemas
dos veteranos com a organização de uma manifestação
com o ex-comandante L-7 e outros veteranos em 2004;
vi) a manifestação organizada pela hierarquia da
Igreja Católica em 2005 e, finalmente,
vii) a manifestação dos peticionários em Abril de 2006
viii) a quebra do sentido de solidariedade
institucional indispensável no relacionamento entre
órgãos de soberania e
ix) a crise actual;

3. Durante estes quatro anos, um plano bem traçado de
contra-inteligê ncia foi sendo implementado que
incluía:
i) Criar rivalidade e clima de suspeição mútua entre
F-FDTL e PNTL;
ii) usar a média e o boato para manchar a imagem do
Governo e, em particular, do Primeiro Ministro;
iii) aprofundar as diferenças de postura entre o
Presidente da República e o Primeiro Ministro, minando
as relações institucionais entre ambos,
iv) dividir a FRETILIN e enfraquecer a sua liderança;
v) organizar grupos para manifestações frequentes;
vi) criar um clima de caos e de ingovernabilidade;
vii) aliciar as Forças para a necessidade de intervir
a favor de um golpe para derrubar o Governo,
pretensamente, para “salvar o país” de um “governo
impopular”;.
4. Dada a firmeza da posição do Comando das F-FDTL na
defesa da Constituição e das instituições
democraticamente eleitas, restaram simplesmente:
i) dividir as F-FDTL, enfraquecendo- as;
ii) aliciar a PNTL e conseguir a sua inacção na defesa
das instituições democraticamente eleitas ou mesmo
dividi-la para melhor a enfraquecer e colocar parte
dela a favor da acção contra o Governo;
iii) transformar o problema criado dentro das F-FDTL
da alegada “discriminação” Loro Monu/Loro Sa´e em
problema nacional levando-o a afectar todas as
instituições do Estado, em particular, as da defesa e
segurança;
iv) mobilizar e organizar pequenos grupos para
manifestações e prática generalizada de violência e
assim tornar o país ingovernável;
v) argumentar sobre a “incapacidade e inaptidão” do
Governo em solucionar a crise e, assim, exigir a sua
demissão;
vi) desferir um golpe contundente ao partido no poder,
argumentar a favor da ilegitimidade da sua liderança,
para criar maior margem de manobra no estabelecimento
do novo Governo;
vii) Camuflar, tanto quanto possível, de modo a que o
derrube do Primeiro Ministro não fosse entendido como
um golpe mas sim um acto em conformidade com os
poderes constitucionais do Presidente da República;
viii) para isso, a) pressionar no sentido do Primeiro
Ministro apresentar o seu pedido de demissão e b)
simular respeito pela Constituição na formação do novo
Governo, chamando-o mesmo de II Governo
Constitucional.
ix) Assim, deixar pairar um sentimento de injustiça e
de ilegitimidade governativa;
x) No cômputo geral, provocar a crise de Liderança a
todos os níveis, decepando-a da nação, induzir a
quebra da autoridade do Estado e a hipoteca da
soberania.

Por isso, a crise por nós vivida resultou de acções
conjugadas e próprias de uma conspiração muito bem
urdida e bem executada.

O objectivo central do plano de conspiração reduz-se
na investida contra a liderança nacional histórica de
modo a decepar a Nação da mesma e assim, induzir a
quebra da autoridade do Estado e a hipoteca da
soberania nacional.

A arma fundamental utilizada foi, e é, a desinformação
e a contra-informaçã o, por um lado, usando de rumores,
boatos e alegações de toda a natureza e, por outro,
actos de violência contra pessoas e bens de modo a
aprofundar o conflito inter-grupais ou
inter-regionais, falsamente entendido como
inter-étnicos.

A etapa fundamental na executarão do plano passa pela
necessidade de, em primeiro lugar, desacreditar as
instituições de defesa e segurança do país e dividir a
liderança nacional, colocando uns contra outros;

Para dividir a Liderança usaram-se todas as armas.
Deu-se a entender que a luta pelo poder era a razão
fundamental do conflito. Por fim, goradas todas as
tentativas anteriores, recorreu-se a alegações sobre
prática de crimes para lançar a “semente da
desconfiança” num terreno já de si fértil de profunda
crise institucional;

Não existindo crimes, eles foram criados pelos
serviços de contra-informaçã o, utilizando a média
nacional e estrangeira. Como exemplo temos o dito
“massacre” de Taci Tolo, os “esquadrões de morte”, a
“importação ilegal e distribuição de armas pela
FRETILIN”, etc., factos estes que encheram páginas de
jornais e tempos de antena de Televisões e Rádios, que
invadiram as nossas mentes, mas que hoje se provaram
ser absolutamente falsos;

Mais uma vez, a média, em particular certa média
australiana, teve aqui um papel determinante na acção
concertada própria de uma conspiração;

Mas os objectivos dessas acções não foram totalmente
atingidos. Queriam :

i. o derrube do Governo,
ii. a dissolução do Parlamento Nacional,
iii. o controle do Judiciário, colocando todo o
sistema ao serviço dos conspiradores,
iv. o estabelecimento de um “Governo de Unidade
Nacional” e adiamento das eleições,
v. a desagregação das F-FDTL,
vi. a “domesticação” da FRETILIN, colocando na sua
liderança elementos mais manipuláveis.

Acredita-se na possibilidade da entrada em execução do
“Plano B” que se crê ser de acção mais selectiva de
terrorismo, por um lado, e de utilização mais
cuidadosa e extensiva de medidas políticas,
administrativas, económicas e de justiça para reduzir
ainda mais a autoridade do Estado, decepar a Nação da
sua liderança histórica, incitar as populações para
obter a sua reacção generalizada e criar um clima de
instabilidade social e política de modo a declarar
Timor-Leste um Estado falhado e assim intervir com
mais força ainda em nome das necessidades humanitárias
e da segurança regional e internacional.

II. O Relatório da Comissão de Inquérito Internacional

A pedido do Governo de Timor-Leste, as Nações Unidas
decidiram criar uma Comissão de Inquérito Independente
para investigar sobre alguns factos ocorridos no
início da crise, a saber: os acontecimentos de 28 e
29 de Abril e os de 23, 24 e 25 de Maio e outros a
eles relacionados e propor recomendações de medidas de
responsabilizaçã o e de solução.

A Comissão concluiu os seus trabalhos e apresentou o
seu relatório ao Parlamento Nacional, com cópias para
outros órgãos de soberania timorenses. O relatório foi
igualmente apresentado a Sua Excelência o Secretário
Geral da ONU e ao Presidente da Comissão dos Direitos
Humanos das Nações Unidas. O relatório apresentado faz
referencia a mais 2000 documentos consultados e 200
entrevistas realizadas, no entanto não existe em
anexo nenhum suporte documental que possa
consubstanciar as conclusões que apresenta e as
recomendações que faz.

O relatório peca por defeito, por um lado, e,
extravasa o seu mandato noutros casos. Veja-se o
tratamento dado ao 4 de Dezembro de 2002. Altura em
que a defesa e a segurança eram de exclusiva
responsabilidade da Unmiset. Esta grave perturbação da
ordem publica não podia de forma nenhuma ser imputada
ao governo e a PNTL como vem mencionado no relatório.
A casa do então primeiro ministro Mari Alkatiri foi
queimada assim como outras infra-estruturas e o
inquérito havia de ser feita pela Polícia
Internacional.

A Comissão teve o mérito de se ter preocupado com uma
introdução fazendo a retrospectiva da história de
Timor-Leste, com destaque para as três últimas
décadas, à laia de uma procura intelectual séria de
uma razão histórica para explicar a crise, mas ignora
as causas mais próximas da própria crise pois, aponta
os factos sem as relacionar com as causas. E ignora
outros factos igualmente importantes.

A Comissão investigou em profundidade algumas
alegações de particular gravidade, que provou ser
falsas mas o relatório não torna isso publico. Como
exemplo podemos mencionar a falsa alegação da
existência de três contentores de armas ”importadas
ilegalmente”. Não tornou claro como lhe competia que
era também falso que a Fretilin distribuiu armas. Se
se provou que não houve importação ilegal de armas,
que a Fretilin não distribuiu aos delegados ao
congresso nem a mais ninguém, armas, porque a razão o
relatório nada diz sobre isso?

A Comissão faz referências a fragilidades
institucionais e não utilização dos mecanismos
institucionais ou o não exercício total da autoridade
por parte dos titulares de alguns órgãos de soberania.
Aqui ignora os esforços que o então Primeiro Ministro
fez no sentido de:
1. Solicitar por escrito ao Primeiro Ministro José
Sócrates (10 de Maio de 2006) o envio de uma companhia
da GNR,
2. Requerer por escrito ao PR Xanana Gusmão (27 de
Maio de 2006) a convocação do Conselho de Estado e do
Conselho Superior de Defesa e Segurança;
3. Manter em funcionamento o Gabinete de Crise até a
sua demissão em 26 de Junho de 2006, entre outros;
4. Criar a Comissão dos Notáveis;
5. Criar mecanismos de coordenação de comando entre
as F-FDTL e a PNTL;

A Comissão deu tratamento desigual na sua abordagem
dos factos ocorridos. Em relação às F-FDTL tomou a
mobilização dos reservistas como “armar civis” e
concluiu responsabilizando judicialmente o Ministro da
Defesa e as figuras principais do Comando; Mas, no
tocante à PNTL, reservou um tratamento mais suave, não
recomendando processo judicial ao Comandante Geral,
preferindo transferir todo o ónus ao Ministro do
Interior. Ignorou a realidade tão evidente de que foi
o Comandante Geral o responsável pela desagregação da
PNTL e, foi o mesmo que evadiu da sua subordinação ao
Governo e passou a cumprir ordens de outras
instâncias;

A Comissão ignorou, no seu relatório, as várias
reuniões que tiveram lugar no Palácio das Cinzas e na
Residência do PR Xanana Gusmão e preferiu passar uma
esponja pelos assuntos nelas tratados;

Ignorou os encontros do então Ministro de Negócios e
Cooperação, bem mediatizados com Alfredo, Railos,
Tara, etc.

Ignorou ainda o papel do representante especial do
secretario geral das nações unidas em Timor Leste o
senhor Sukehiro Hassegawa

A Comissão não tratou com profundidade a questão do
Loro Monu e Loro Sa´e de modo a aferir as
responsabilidades por esta divisão artificial induzida
na sociedade timorense;

A Comissão preferiu igualmente ignorar o papel da
hierarquia da Igreja Católica e passou uma esponja por
cima de personalidades destacadas de alguns Partidos
de oposição envolvidos em toda a acção de
desestabilizaçã o;

Mas, por outro lado, a Comissão, nas suas
recomendações extravasou do seu mandato ao recomendar
“soluções” no sentido de um pretenso reforço do
sistema judiciário;

Assim, a Comissão falhou na sua missão. Trouxe meias
verdades. Não contribui, como se pretendia, para a
solução da Crise. Por isso, o relatório da Comissão
vale o que vale, por aquilo que vale, carecendo de ser
analisado de uma forma crítica e sem ambiguidades.

Compete aos órgãos de soberania de Timor-Leste ter a
coragem de fazer decisões mais consentâneas com as
exigências da situação de modo a pôr fim a crise que
hoje vivemos.

III. A responsabilidade da Liderança Timorense

Um país como Timor-Leste, nascido de uma longa Luta
pela Libertação nacional, vale por aquilo que vale a
determinação do seu povo e a capacidade da sua
Liderança de mobilizar e unir este povo em torno das
grandes metas da Nação.

A forma clássica de desviar estes países do seu rumo
passa necessariamente pela acção de:

i. dividir a sua Liderança e decepá-la da Nação,
ii. desagregar e enfraquecer as instituições e
personalidades que são os capitais-simbó licos da
afirmação da Nação,
iii. dividir o povo, para melhor reinar.

E temos que admitir que a crise por que passamos é
prenhe de todas estas verdades.

A Liderança histórica caiu numa armadilha bem traçada,
numa conspiração bem planeada, envolvendo actores
internos e externos.
Esta mesma Liderança deve, unanimemente e sem
complexos assumir:

i. que demos espaço a manipulação politica;
ii. que existem responsabilidades colectivas, mas
também, individuais,
iii. que as responsabilidades sejam objecto de uma
análise profunda e que as causas da crise sejam
conhecidas,
iv. que toda a verdade seja divulgada para o
conhecimento do povo.
v. Que a justiça se faça e contribua para pôr fim a
crise.

Assim, nesta hora crucial de decisão, a Liderança
Timorense deve saber ultrapassar as suas diferenças e
Lutar juntos pela reafirmação da dignidade nacional,
pelo restabelecimento da Lei e da Ordem, pela
reposição da autoridade do Estado em todos os
domínios, pela soberania e independência nacionais.

O governo e o parlamento devem mostrar mais autoridade
na defesa da soberania do estado. Devem ser tomadas
medidas mais fortes com vista a normalização da
segurança e a rápida reactivação da PNTL permitindo o
reassentamento das populações deslocadas.

O governo e o parlamento nacional devem redobrar
esforços para garantir a realização das eleições
gerais nas datas previstas, com respeito pela
Constituição.

A FRETILIN apela com vigor a todos os seus militantes
que contribuam para parar com a violência, denunciando
corajosamente as autoridades todo e qualquer individuo
responsável por actos que ofendam a lei e a ordem
publicas.

Todo o povo espera que isto aconteça e aconteça já.

Díli, 29 de Outubro de 2006.

--
Lian Maubere
Departamento de Informação e de Mobilização
Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (FRETILIN)
Rua dos Mártires da Pátria, Comoro, Dili, Timor-Leste
Tel/fax: +670 3317219
http://lianmaubere. blogspot. com/
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Ema ida de'it
Ema ran ida de'it
Ema rai ida de'it
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Ema Maubere oan hotu

Braga, 2007

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